O capital de giro é uma métrica bastante utilizada entre as empresas. Sua função é mensurar a quantia necessária para a empresa operar, levando em conta as velocidades de cobranças, recebimentos e despesas.

Embora seja bastante útil, algumas empresas, principalmente micro, pequenas e médias, deixam de usar esse conceito. Isso pode ser um erro grave, pois perde-se o controle financeiro do negócio, correndo o risco de operar às cegas no mercado.

Quer conhecer mais sobre o capital de giro? Neste conteúdo, vamos abordar esse conceito e o chamado “Necessidade de Capital de Giro” (NCG), um cálculo muito importante.

Leia até o final!

Capital de giro: o que é?

O capital de giro possui duas definições interessantes, uma um pouco mais simples que a outra. 

A definição simples é a seguinte: capital de giro é a quantia necessária para pagar todos os custos de operação da empresa. Ou seja, é o montante que mantém a organização de portas abertas.

Já a definição mais complexa, que também é mais completa, é assim: é a soma dos recursos que podem se converter em dinheiro no curto prazo, visando arcar com os custos das operações. 

À critério de completude, ficamos obrigados a informar o ciclo relacionado com o capital de giro: a empresa adquire matéria-prima, que é convertida em receitas de vendas, em um processo contínuo e articulado. 

Em outras palavras, há aplicação de dinheiro para obter resultados, e esse “giro” financeiro está totalmente relacionado com o nome “capital de giro”.

Necessidade de Capital de Giro: o que é?

A Necessidade de Capital de Giro é um cálculo que informa o quanto cada empresa precisa ter em caixa para honrar seus compromissos financeiros. Pensando no ciclo apresentado na última seção, trata-se da quantia que permite as operações do negócio.

Para manter o controle financeiro da empresa, o cálculo da NCG é bastante comum, dado que ele tem a capacidade de resumir a saúde financeira do negócio.

Na próxima seção, vamos mostrar como fazer esse cálculo de duas formas, uma através de dias e outra por meio de quantias. Veja os exemplos!

Como calcular a Necessidade de Capital de Giro (NCG)?

Antes de mais nada, o cálculo da Necessidade de Capital de Giro requer um elemento bastante importante: confiança nos dados da empresa. Ou seja, assim como ocorre nos demais cálculos de gestão, a coleta e tratamento de dados precisam ser acurados, pois não se pode fazer contas com base em “achismos”.

Posto isso, vamos às formas de calcular o NCG!

Cálculo em forma de moeda

A forma mais lógica e simples de calcular o NCG é através da quantidade de dinheiro. Portanto, ao final do cálculo você terá um número, o qual representa a quantia exata de seu capital de giro.

Para isso, você precisa entender dois conceitos:

• Ativo circulante operacional (ACO): é a soma de todos os recebíveis de curto prazo e os estoques da empresa.

• Passivo circulante operacional (PCO): trata-se da soma de todos os compromissos financeiros de curto prazo, como aluguel, salários e assim por diante.

A fórmula fica da seguinte forma: NCG = ACP – PCO.

Só para exemplificar, se uma empresa tem R$ 20 mil a receber, mas precisa pagar R$ 30 mil em um certo período, digamos um mês, seu NCG é R$ 20 mil – R$ 30 mil = R$ – 10 mil.

Cálculo em forma de tempo

Esse cálculo é um pouco mais complicado de ser realizado, pois costuma envolver detalhes referentes a pagamentos, como o parcelamento. 

Vamos supor que uma empresa comprou insumos, mas pagou 50% à vista e vai pagar o restante em 30 dias. Da mesma forma, os clientes da empresa tendem a comprar com cartão de crédito, sendo que 60% das operações são dessa modalidade. Por fim, vamos supor que os produtos só saem do estoque a cada três dias, em média.

Temos a seguinte relação:

• Prazo médio de pagamento (PMP) = 50% X 0 dias + 50% X 30 dias = 15 dias.

• Prazo médio de estocagem (PME) = 3 dias.

• Prazo médio de recebimento (PMR) = 40% X 0 dias + 60% X 30 dias = 18 dias.

A NCG é dada por NCG = PME + PMR – PMP ou seja, NCG = 18 + 3 – 15 = 6 dias.

Interpretação do NCG

A interpretação do cálculo da NCG é bastante simples: tomando como base os exemplos anteriores, a empresa do primeiro exemplo precisa ter R$ 10 mil em caixa para cobrir os custos de sua operação; já a segunda precisa do equivalente a 6 dias de caixa para arcar com suas despesas.

Dessa forma, ambos os métodos de cálculo são equivalentes, diferindo apenas na apresentação dos resultados.

Como conseguir capital de giro?

Existem várias formas para conseguir capital de giro, desde empréstimo até aumento de vendas. Mas há uma técnica cada dia mais popular entre os empresários: a antecipação de recebíveis.

Essa técnica consiste em receber, com antecedência, as duplicatas que sua empresa possui. Para isso, o direito do recebimento é passado para uma empresa especializada, e esta paga pela duplicada, subtraindo uma taxa de operação.

O diferencial desse método é sua simplicidade: na flip, por exemplo, após feito uma simulação e a requisição da antecipação, o dinheiro cai na conta da empresa minutos depois da aprovação.

Quer saber mais sobre antecipação de recebíveis? Entre em contato com um de nossos especialistas!